As obras de duplicação do lote 1 da BR-280, que compreende 36 quilômetros entre o porto de São Francisco do Sul e o viaduto sobre a BR-101, ainda não tem data para começar no Norte de Santa Catarina. No final de fevereiro, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) planejava iniciar os trabalhos nesta terça-feira. O problema é a demora na liberação dos R$ 22 milhões pelo Ministério dos Transportes, em Brasília.
Segundo o engenheiro Antônio Carlos Bessa, chefe de serviço do DNIT em Joinville, tudo está preparado para o início das obras, mas ainda há pendência do empenho dos recursos. Ele afirma que não é possível estabelecer um prazo para a empresa começar o trabalho no lote 1. Após a liberação dos valores, o superintendente do DNIT em Florianópolis autoriza o começo das obras e a empresa tem um prazo para instalar o canteiro.
Apesar do lote 1 ser maior, o dinheiro disponibilizado neste ano será o suficiente para fazer intervenções no trecho do quilômetro 24 ao quilômetro 32. A principal obra prevista para ser realizada neste ano é a construção de um viaduto em frente ao Instituto Federal Catarinense (IFC), em Araquari. No entanto, primeiro será necessário trabalhar em ruas laterais para desviar o tráfego da rodovia e possibilitar a construção da estrutura.
— Não vamos conseguir fazer os oito quilômetros, mas será dentro desse trecho que vamos atacar neste ano — afirma Bessa.
Serão os primeiros passos no lote 1 desde a licitação da obra em outubro de 2014. Ao mesmo tempo, estão em andamento os trabalhos nos outros dois lotes. O trecho da BR-101 até Guaramirim (lote 2.1) e o contorno de Jaraguá do Sul até Guaramirim (lote 2.2) estão recebendo a concretagem das vigas para construção de pontes e viadutos. Também continuam as obras do túnel e a terraplanagem. No entanto, também é necessária a liberação de R$ 80 milhões deste ano para a continuação das obras nos dois lotes.
O engenheiro Bessa defende que o repasse federal ainda é muito pouco diante do volume e grandiosidade de toda a obra. Segundo ele, há cerca de R$ 1 bilhão em obra contratada para dez anos, mas são liberados apenas aproximadamente R$ 100 milhões.
— Nós precisamos de R$ 250 milhões por ano para a acabar a obra em quatro anos. Se liberam R$ 100 milhões por ano vai levar mais dez anos para terminar — garante.
A previsão inicial no orçamento da União era de repassar apenas R$ 30 milhões para a duplicação da rodovia. Porém, a bancada catarinense no Congresso Nacional conseguiu reforçar o valor, que foi ampliado para R$ 122 milhões e possibilitou voltar a se cogitar o início das obras também no lote 1.
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